ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 03.08.1989.

 


Aos três dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e oitenta e nove reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Vigésima Segunda Sessão Solene da Primeira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Lasier Costa Martins. Às dezessete horas e vinte e dois minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou aos Líderes de Bancada que conduzissem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: o Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Prof. Olívio Dutra, Prefeito Municipal de Porto Alegre; Jornalista Lasier Costa Martins, Homenageado; Sra. Marta Martins, esposa do Homenageado; Sr. Adolfo Schüller Neto, Prefeito Municipal de Montenegro; Dr. Alceu Collares, Secretário Geral do PDT Nacional; Jornalista Ricardo Gentilini, Diretor da Divisão de Rádio da RBS; Sra. Ione Pacheco Sirotsky, Presidente da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; Dr. Hermes Dutra, autor da Proposição quando na Vereança neste Legislativo; e Ver. Lauro Hagemann, 1º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre. A seguir, o Sr. Presidente saudou os presentes, fez pronunciamento alusivo, destacando as qualidades do jornalista e comunicador Lasier Martins e a importância de seu trabalho para a coletividade em geral. Em prosseguimento, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Wilton Araújo, proponente desta Sessão, e em nome das Bancadas do do PDT, PFL, e PL, discorreu sobre o trabalho realizado pelo Jornalista Lasier Martins, destacando e enfatizando as inúmeras campanhas por ele desenvolvidas e salientando, como característica e marca registrada de seu trabalho, o “jornalismo investigativo”. O Ver. Flávio Koutzii, em nome da Bancada do PT, destacou o valor do trabalho e a qualidade profissional do Homenageado; analisou o significado do Título de Cidadão de Porto Alegre e afirmou que a homenagem é justa, pois a cidade reconhece que o trabalho de Lasier Martins tem significado “voz com responsabilidade” para toda a comunidade gaúcha. O Ver. João Dib, em nome da Bancada do PDS, salientou a “inteligência e compreensão” como constantes norteadores do trabalho realizado pelo Jornalista Lasier Martins; discorreu sobre a biografia do homenageado e afirmou que “o homem não é grande pelo que pensa, mas por aquilo que realiza”. O Ver. Airto Ferronato, em nome da Bancada do PMDB, solidarizou-se com o Ver. Wilton Araújo e o ex-Vereador Hermes pela feliz iniciativa. Asseverando ser a homenagem o justo reconhecimento da Cidade ao trabalho do “grande comunicador” gaúcho, salientou que sua função comunicadora tem servido como corretivo das anomalias sociais. O Ver. Luiz Braz, em nome da Bancada do PTB, discorreu sobre as características, qualidades e méritos do comunicador. Afirmou que o trabalho que vem o Homenageado desenvolvendo busca claramente uma sociedade mais organizada e um País mais consciente. O Ver. Omar Ferri, em nome da Bancada do PSB, discorreu sobre as qualidades do Jornalista e Advogado Lasier Martins, afirmando que este vem desenvolvendo seu trabalho com muita consciência e dignidade. Asseverou, ainda, se tratar de um “homem que soube cumprir seus ideais com elevada expressão de espírito”. A seguir, o Sr. Presidente registrou a presença das seguintes autoridades: Dep. Federal Jorge Uequed; Desembargador Décio Erpen, do Tribunal de Justiça do Estado do RS; Dr. Orlando de Assis Correa, da Ordem dos Advogados - Seção Rio Grande do Sul; Sr. Firmino Cardoso, da Associação Riograndense de Imprensa; Dr. Frederico Barbosa, representando o Dep. Germano Bonow; Jornalista Berenice Pacheco, representando o Dep. Carrion Júnior; Ver. Rivo Bühler, Presidente da Câmara Municipal de Montenegro; Dr. Luiz Carvalho, Presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional; Irmão Avelino Aresi, representando a PUC-RS; Sr. Moisés Tornaim, Vice-Presidente de Comunicação Social do Sport Club Internacional; Dr. Adaury Pinto Filippi; e Jornalistas: Armindo Antonio Ranzolin, Carlos Appel, Lauro Quadros, Nelcira Nascimento, Maria do Carmo, João Carlos Belmonte, Vera Armando, e Cunha Júnior; filho, filha, e irmãos do Homenageado. O Ver. Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PCB, discorreu sobre a importância do rádio e tele-jornalismo na formação da opinião pública, destacando que o radialista assume um papel preponderante quando no exercício de sua função, tendo em vista que mais de noventa por cento da população ouve rádio. Destacou que o comunicador Lasier Martins se vale de uma linguagem simples e culta, e que a “cidade se engalana para receber mais um cidadão entre seus cidadãos”. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Dr. Hermes Dutra, na condição de autor da presente homenagem, que destacou as qualidades e o trabalho realizado pelo Jornalista Lasier Martins; e declarou que a Cidade se sente feliz e agradecida pelo significante trabalho que vem realizando o Homenageado. Em prosseguimento, o Sr. Presidente convidou o Dr. Moisés Tornaim, Vice-Presidente de Comunicação Social do Sport Club Internacional, que em nome de seu Clube, solidarizando-se com a homenagem, entregou Placa comemorativa ao Homenageado. O Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. Olívio Dutra, destacou a coerência, o denodo e a capacidade com que o Jornalista Lasier Martins desempenha o seu trabalho. Afirmou ser honra inaudita entregar, em nome da Cidade de Porto Alegre, o Título de Cidadão ao Homenageado que com tanta paixão exerce a cidadania. Em prosseguimento, o Sr. Presidente convidou os presentes a, de pé, assistirem à entrega do Título de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Lasier Costa Martins, concedido através do Projeto de Lei do Legislativo nº 181/88 (Proc. 2484/88), de autoria do ex-Vereador Hermes Dutra, e conferido nesta Sessão a Requerimento do Ver. Wilton Araújo, e de Medalha conferida por este Legislativo Municipal, a serem entregues pelos Edis acima citados. Após, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Jornalista Lasier Costa Martins, que agradeceu a homenagem recebida e tão belo reconhecimento. Discorreu sobre a tarefa do comunicador, afirmando entender comunicação como meio de servir; declarou, ainda, que o recebimento desse Título significa, para ele, maior responsabilidade e abnegação. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos às dezoito horas e cinqüenta e dois minutos, convidando as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência, e convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Valdir Fraga e secretariados pelo Ver. Lauro Hagemann. Do que eu, Lauro Hagemann, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga): Damos por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene destinada a homenagear o Jornalista Lasier Costa Martins com o título de Cidadão de Porto Alegre. Tal proposição, inicialmente, foi apresentada pelo Ver. Hermes Dutra que, infelizmente não se reelegeu. Assim, nesta Legislatura, o Ver. Wilton Araújo tornou a fazer a mesma proposição, sendo aprovada pela unanimidade da Casa.

Solicito aos Srs. Líderes de Bancada que conduzam ao Plenário as autoridades e personalidades convidadas para este evento.

 

(Os Srs. Líderes de Bancadas introduzem no recinto os convidados.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nos últimos trinta anos, nós que acompanhamos primeiramente o rádio, depois a televisão, nos habituamos a acompanhar a trajetória singular de um corretíssimo e talentoso comunicador social. De 1960 até época recente, na Rádio Guaíba, do Dr. Breno Caldas, atuou como repórter esportivo, comentarista e noutras tantas modalidades de prestação de serviço que a sua versatilidade fazia com que se desempenhasse tão bem.

Passamos a palavra ao Ver. Wilton Araújo, proponente desta Sessão Solene, que falará pelas Bancadas do PDT, do PFL e do PL.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Ver. Valdir Fraga; Dr. Olívio Dutra, Prefeito Municipal de Porto Alegre; Dr. Hermes Dutra, autor da proposição desta homenagem, quando na vereança, ocupando a sua cadeira nesta Casa, o ano passado; Jornalista Lasier da Costa Martins, nosso homenageado. Para honra nossa, hoje falamos pelas Bancadas do PDT, do PFL e do PL. (Lê.)

“Esta casa formaliza hoje a entrega de um título que há muito tempo pertence a Lasier Martins, nascido em Montenegro, mas cidadão de Porto Alegre e de todas as cidades que precisaram de sua voz desde 1958, quando aos dezesseis anos de idade iniciava na Rádio Montenegro. Falar em Lasier Martins é pensar em um jornalismo investigativo, na busca da verdadeira informação, na reportagem que mostra todos os lados de uma questão. Na corajosa postura de ‘abrir microfone’, nos duros tempos da ditadura, para que os perseguidos tivessem uma tribuna para sua defesa, e os mais fracos recebessem ‘voz’ para levantar denúncias.

Este estilo marcou toda a longa carreira profissional do Jornalista Lasier Martins, do repórter que descobria o ‘furo’ e divulgava em primeira mão o nome do técnico do Inter ou do Grêmio, quando fazia esportes na Rádio Difusora.

Em 1961, vai para a Rádio Guaíba, onde trabalhou vinte e quatro anos criando programas antológicos como Guaíba Revista, onde desenvolveu seu talento como jornalista polêmico, denunciando irregularidades, violação de direitos humanos e liderando campanhas que culminaram com a Lei dos Agrotóxicos, por exemplo. Outra grande reportagem foi a cobertura de toda operação policial e jurídica que cercou a prisão do Juiz Barbosa, de Sapucaia.

Em 1985, Lasier ganhou o ‘Prêmio Direitos Humanos’ concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Porto Alegre e pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, com a reportagem sobre o ‘caso Doge’. Em 1986, ganhou primeiro lugar em reportagem no Prêmio Sesquicentenário da Revolução Farroupilha.

Na verdade, Lasier sempre foi um revolucionário, que trocou uma brilhante e bem remunerada carreira de advogado pelas ‘marcha batida do jornalista’. Uma vida sem horários e que obedece a uma única norma: informar.

E foi atrás desta única e poderosa missão que Lasier foi para a Rádio Gaúcha, e em 1987 iniciava na RBS-TV com o Jornal do Almoço, um programa que lidera a audiência em todo o Rio Grande do Sul e é um exemplo de produção moderna de televisão.

Na Rádio Gaúcha, reforçou seu estilo polêmico com o Gaúcha Repórter, onde alcançou grandes momentos com a cobertura do motim no presídio, e liderou um extenso trabalho de reportagem na noite em que o Jornalista José Antonio Daudt foi assassinado. Com esta cobertura, ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo Investigativo de Nova Iorque.

É um verdadeiro campeão de prêmios jornalísticos. Foi Prêmio ARI em 1969, 1981, 1982, 1985 e 1986. Também no esporte teve destaque como melhor comentarista esportivo, recebendo a Bola de Ouro em 1987 e 1988.

Agora prepara-se para integrar a equipe da RBS que fará a cobertura da Copa do Mundo em 1990 na Itália. Já mostrou, em primeira mão, no Jornal do Almoço, reportagens feitas na Itália, nos estádios que sediarão os jogos.

O cidadão Lasier da Costa Martins, apesar de viver vinte e quatro horas em função do jornalismo, também tem o lado familiar. Aliás, como todos nós - uma de suas grandes reclamações é o pouco tempo que dispensa aos filhos Marla, Lasier Junior e Luana. E esta Casa hoje, aproveita para homenagear todos os familiares deste jornalista, e agradecer pela força e compreensão que todos tiveram para que o pai, o marido, pudesse ser uma voz poderosa e confiável, que representa a garantia de um jornalismo honesto.

Encerro, repetindo a frase que muitas vezes foi ouvida nos quatro cantos da Cidade, nos quatro cantos deste Estado: ‘Vou denunciar pro Lasier!’ É a chave mágica que o povo usa para garantir que sua voz será ouvida.” Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Flávio Koutzii que falará em nome da sua Bancada, o PT.

 

O SR. FLÁVIO KOUTZII: Ver. Valdir Fraga, Presidente da nossa Câmara Municipal de Porto Alegre; Jornalista Lasier Costa Martins, nosso homenageado; Srª Marta Martins, esposa do homenageado; Dr. Hermes Dutra, autor da proposição de homenagem, quando na vereança nesta Casa.

Nós, inclusive, velho colega de Universidade Lasier Martins, pedimos que nossa Bancada nos honrasse e nos permitisse a possibilidade de representá-la por uma valorização não só que nós do Partido dos Trabalhadores fazemos do seu trabalho e da sua qualidade profissional, mas sim, também, para desfrutar de uma parcela desse dia de festa, desse dia de reconhecimento que deve ser identificado mesmo como tal, alegria, reconhecimento, identificação da Cidade com alguém que é parte, com alguém que é um pouco a palavra da Cidade, o som que ela tem, as inquietudes que ela sente.

O título de Cidadão de Porto Alegre não é uma mera formalidade, ele só chega quando alguém que faz parte deste universo múltiplo de seres humanos inquietos e vivos que constituem a pulsação, o sentido e a paixão de uma Cidade, é reconhecido por ela como alguém que representa, que faz, que atua a nível profissional, a nível da sua condição de cidadão como uma parte significante dessa própria Cidade. Este momento, esta festa e este reconhecimento sintetizam, portanto, a fusão entre a Cidade e um dos seus profissionais, um dos seus comunicadores.

Não é necessário, porque o Ver. Wilton Araújo já o fez, reconstituir a carreira, os títulos, a qualidade e o talento de Lasier Martins. Vale, apenas, talvez, agregar uma reflexão no sentido de dizer que dentro do campo da comunicação e do jornalismo, tem ele, talvez, uma das mais importantes responsabilidades que o fazem, sim, um homem público, no mesmo sentido que falamos que homem público são os políticos. Isto é, ele tem a possibilidade da palavra, ele tem a possibilidade da interpretação, ele tem a possibilidade da sugestão. Neste País nosso, dramaticamente dilacerado na busca do reencontro do seu melhor destino, de um equilíbrio perdido, de uma justiça que nunca foi alcançada, a sua responsabilidade, e a tem tido imensamente, é no exercício da sua função e no exercício daquilo que deve arbitrar a cada momento em que pode dirigir a palavra a toda gente de Porto Alegre, de ajudar a hierarquizar e compreender os nossos problemas, a denunciar as coisas que devem ser denunciadas e ajudar a constituir uma nova confiança, uma nova expectativa e uma nova esperança. Nossa homenagem e o nosso reconhecimento a Lasier Martins. Muito obrigado.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. João Dib pela Bancada do PDS.

 

O SR. JOÃO DIB: Ao longo de muitos anos eu tenho participado de Sessões da Câmara Municipal de Porto Alegre, nunca assisti a tantas pessoas na outorga de uma homenagem, nunca vi a Mesa tão bem constituída como hoje. E é por isso que eu não vou saudar os integrantes da Mesa. É por isso que eu vou falar ao Lasier Martins o que cada um dos presentes aqui, é a eles que eu saúdo, amigos do Lasier Martins, gostaria de dizer, talvez, se tivesse oportunidade. É por isso que eu vou falar de uma forma informal. Lasier, o homem não é grande apenas pelo que ele pensa, mas ele é grande pelo que ele realiza. O homem deve crer no que realiza, deve ter convicções nas suas idéias, idéias estas que presidem o seu trabalho. E isso, Lasier, os teus amigos aqui dizem que tu tens. É por isso, Lasier, que hoje todos os teus amigos estão aqui, não todos os teus amigos, mas todos aqui teus amigos, estão querendo te dizer que tens trabalhado e trabalhado bem nesta Cidade. Eu lembro muito bem quando conheci o advogado, o jornalista, lá na Prefeitura Municipal, quando ele vinha defender os interesses de um cliente seu. Tinha um entusiasmo tremendo. Eu olhei aquele jovem e fiquei encantado. Que aguerrimento, que força que tem, que vontade de resolver o problema de seu cliente. Eu sorri e vi que, além de tudo, ele era extremamente inteligente e compreensivo. E esta inteligência, esta compreensão, têm acompanhado o jornalista, o advogado, o cidadão, o pai, o esposo, o amigo. E, hoje, a cidade de Porto Alegre presta uma homenagem ao filho de Montenegro, portanto, Montenegro também está sendo homenageada neste momento, porque um dos seus filhos se destacou nas suas atividades profissionais, mostrou que tinha amor pela sua profissão, amor pela Cidade que escolheu, amor pela Cidade em que trabalha. E a Cidade te diz, Lasier: tu és um homem bom. E eu li, há algum tempo atrás, uma frase que me deixa impressionado, sempre que eu lembro dela: “O maior perigo da humanidade é o cansaço dos bons.” Tu não podes, portanto, cansar. Mas é claro, Lasier, que não vais cansar, porque a Marta, o Lasier Junior e a Marla te dão a compreensão e o apoio necessários. Então, eles também estão sendo homenageados hoje, porque conseguem fazer uma família que é exemplo de carinho, de compreensão e de apoio mútuo. Segundo fui informado, é expressão tua que este momento é a culminância de vinte e nove anos de namoro entre a Cidade que escolheste e a Cidade que soube te acolher, também. Nós queremos que este namoro continue e é com muita alegria, com muito entusiasmo que, em nome do meu Partido, o PDS, o Partido que também tem-se dedicado à solução dos problemas desta Cidade, que eu te envio o meu abraço e o abraço de cada um de nós que aqui está presente, todo o nosso carinho e votos de que tu continues sendo um dos bons, em quem nós possamos depositar a confiança que temos depositado até agora. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Fala em nome do PMDB o Ver. Airto Ferronato.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Jornalista Lasier Martins, nosso homenageado; Srª Marta Martins, esposa do homenageado; Dr. Hermes Dutra, autor da proposição desta homenagem quando na vereança nesta Casa; demais autoridades presentes, Srs. Vereadores, senhoras e senhores. (Lê.)

“Sr. Presidente, Srs Vereadores, vivemos neste instante um momento de gratidão, com vistas a homenagear este brilhante profissional que tem dedicado a sua existência à arte de bem informar, seja no radiojornalismo, seja no telejornalismo.

Através da presença dos amigos, parentes e demais pessoas de suas relações aqui presentes podemos constatar o reconhecimento de todos pelo trabalho desenvolvido ao longo de sua carreira.

É com satisfação que ocupo a tribuna, em nome da Bancada do PMDB, com assento nesta Casa Legislativa, em nome do Ver. Clóvis Brum, nosso Líder, do Vereador Luiz Machado e este Vereador, solidarizando-me, inicialmente, com nosso nobre colega, Vereador Wilton Araújo e, também, o Vereador Hermes Dutra, pela iniciativa e, também, cumprimentar esta Casa que hoje concede o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao grande comunicados gaúcho, Sr. Lasier Costa Martins.

Saúdo nosso ilustre homenageado, desejando-lhe votos de plena realização em sua trajetória profissional. Sr. Lasier Martins, Cidadão de Porto Alegre, a Cidade se sente orgulhosa de ter entre seus filhos este laborioso cidadão que leva através do rádio e da televisão a sua sensibilidade e discernimento e que entende que a conduta destes profissionais deve se voltar à crítica das anomalias, fraudes, denúncias que visem à busca de moralização dos costumes e da administração pública.

Uma das principais preocupações, no seu trabalho, é utilizar a comunicação como ideal de correção e aprimoramento dos aspectos sociais.

Quero parabenizar também a RBS-TV e a Rádio Gaúcha, que têm em seu quadro de profissionais, dentre tantos outros profissionais de renome, com o trabalho iluminado, sério e competente, o nosso homenageado de hoje, o Sr. Lasier Martins.

Encerro esta homenagem desejando, mais uma vez, pleno êxito no campo profissional, e a plena convicção que o título ora concedido é por demais merecido.

Lasier, em nome do povo de Porto Alegre o nosso abraço e a gratidão por tudo que representas no contexto das comunicações no seio da Cidade e da comunidade gaúcha.” Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A RBS e a Rádio Gaúcha são uma grande equipe, está faltando um craque da equipe, ele chegou, está escondido lá na porta e só aparecem os cabelos brancos. Por favor, Ver. Paulo Sant’Ana, entre.

Com a palavra, o Ver. Luiz Braz, Líder da Bancada do PTB na Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Jornalista Lasier Martins, nosso homenageado desta tarde; Srª Marta Martins, esposa do homenageado; Dr. Hermes Dutra, ex-Vereador desta Casa que já apresentou aqui tantas proposições inteligentes e entre elas esta proposição de conceder o título de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Lasier Martins, meus cumprimentos a mais este ato que V. Exª deixa a esta Cidade.

Eu fiquei pensando, Lasier, durante algum tempo se falar para homenagear um comunicador, quando eu sabia que teríamos na platéia vários comunicadores, eu deveria fazê-lo de improviso, como fazem todos os comunicadores, ou deveria fazê-lo num texto escrito. Então, eu resolvi ficar no meio termo, resolvi ler alguma coisa e improvisar alguma coisa.

Eu sou comunicador também já há algum tempo, tenho a pretensão de dizer que consegui um certo sucesso nesta profissão, por isto mesmo, audaciosamente, eu sou capaz de identificar um bom comunicador, alguém capaz de detalhar o fato, buscando a compreensão de quem está ouvindo, formar a opinião pública, não apenas de acordo com as suas próprias convicções, mas dando oportunidade para que cada um possa ter o seu juízo particular, utilizando dados reais, sinceros e atualizados. E, esta afirmação, estou fazendo baseado num dos dias em que estive presente no seu programa, na Rádio Gaúcha, e fomos convidados a comparecer ao seu programa para discutirmos a questão da Vila Juliano Moreira. Devo dizer que você foi o único comunicador - sem acusação a ninguém, respeito todos os meus amigos comunicadores - mas foi o único comunicador que, naquela questão da Vila Juliano Moreira, me deu a chance de discutir de igual para igual com todos aqueles que eram contrários ao projeto que nós havíamos votado aqui nesta Casa. E agindo daquela maneira, você propiciou que nós pudéssemos, naquele dia, esclarecermos a opinião pública a respeito do que realmente esta Casa fez quando elaborou e votou o Projeto de Lei, que depois foi sancionado pelo Prefeito Olívio Dutra.

Se não é esta atitude, mercê de todas as participações que eu tive em outros programas radiofônicos, a opinião pública ficaria sem conhecer exatamente a verdade, porque quando o comunicador, ele é tendencioso, quando ele toma algum partido, fica difícil realmente de esclarecer a opinião pública daquilo que é real, do fato que nós realmente queremos criar, a partir dos atos que criamos aqui nesta Casa.

O nosso homenageado, ele é assim, somando a tudo isto ainda uma característica muito especial, indispensável para quem escolheu para si a missão de comunicar. Ele é culto e tem também o dom da inteligência, para usar esta cultura a fim de qualificar a sua profissão.

Nos tempos em que nós vivemos estes dotes são extremamente necessários em um homem comunicador. Vivemos em uma época em que a falta de consciência social e de consciência política é uma tônica na grande massa. Enquanto esta inconsciência cresce, os atos políticos e os atos sociais acontecem de maneira desordenada e de maneira a não permitir a organização das comunidades em uma participação mais ativa nos seus diversos setores. Aqui desta tribuna, Lasier, pouco nós poderíamos fazer sem o complemento de um comunicador atento aos acontecimentos e capaz de discutir com a grande massa as idéias e as inovações introduzidas a cada instante no grande cipoal de leis produzidas pelas inúmeras instâncias legiferantes do País.

As questões debatidas aqui ou em qualquer outro Plenário levam em conta os aspectos gerais e as minudências que, dificilmente, poderiam encontrar espaços radiofônicos para serem divulgadas. O mérito do comunicador está em saber sintetizar todo o emaranhado de argumentações e transmitir apenas o essencial, mas sem omitir fatos importantes ao entendimento da matéria. O Lasier conseguiu um programa popular sem ser vulgar, ele consegue atrair uma grande massa de ouvintes, sem utilizar um palavreado chulo. E ao atrair todos esses ouvintes auxilia a sociedade a encontrar melhores caminhos para os seus dilemas. Devo dizer, Lasier, neste final de pronunciamento, que eu considero um comunicador como um caldal, como um rio. Se ele for um mau comunicador, ele será como um rio violento, ele vai destruir tudo na sua passagem. Mas se ele for um bom comunicador ele vai ser uma espécie de Nilo que quando passa deixa nas suas margens o húmus necessário, o húmus sagrado, como é chamado, que fertiliza essas terras a fim de que ali possa nascer o alimento indispensável para aquelas populações. Você é assim. Você é capaz de plantar entre as pessoas, plantar na comunidade, deixar essa comunidade com suas idéias fertilizadas a fim de que nós possamos ter algum dia a nossa sociedade organizada, e se Deus quiser, quem sabe, um País bem mais consciente.

Muito obrigado por tudo aquilo que você já fez por esta Cidade. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Omar Ferri que fala pelo seu Partido, o PSB.

 

O SR. OMAR FERRI: Exmo Sr. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; prezado amigo Jornalista Lasier Martins, nosso digno homenageado da tarde de hoje; Srª Marta Martins, digníssima esposa do Lasier; prezado Ver. Hermes Dutra, Vereador que na Legislatura passada apresentou a proposição para homenagear nosso grande amigo Lasier; Srs. Vereadores; senhoras e senhores.

Até por uma questão de formalismo sou obrigado a fazer uma menção especial a dois amigos meus, ex-Presidentes desta Casa, que vieram honrar com suas presenças esta solenidade, Dr. Renato Souza e o meu amigo Adaury Pinto Filippi. Cumpre-me registrar as presenças de dois desembargadores, os Drs. arco Aurélio Oliveira e Décio Erpen, o que significa que a Justiça, através de seus dois dos mais legítimos representantes, também comparece nesta grande homenagem.

Tanto o Protocolo como o meu gabinete falharam, Lasier, não sei por que o meu nome ficou fora da relação oficial, justamente eu, que tenho todo o prazer e a satisfação de vir aqui, de público, prestar a minha homenagem a ti, em quem sinto um sentimento recíproco de amizade. Venho acompanhando tua vida há tantos anos e tenho a certeza, como todos têm, que tu exerces a tua profissão com muita consciência e com muita dignidade. Louvo-me nas palavras dos Vereadores João Dib e Luiz Braz, que me antecederam, e diria que a tua capacidade é polivalente. Na imprensa, no jornalismo e na advocacia o Lasier atua em todas as posições de uma forma tranqüila, límpida, como a água que desce de uma cascata. Então, o meu Partido, Lasier, e a minha pessoa sentiram necessidade de vir aqui e expressar também o pouco do meu sentimento, dizendo da satisfação que eu tenho, e que a Bancada do meu Partido tem, em participar com os demais colegas e a comunidade de Porto Alegre aqui presente nesta justa e merecida homenagem que em tão boa hora o Ver. Hermes Dutra apresentou para que você ficasse num pedestal, não só no pedestal da Câmara, do povo, da comunidade, da cidade de Porto Alegre, mas, principalmente, no pedestal de nossas consciências e de nossos corações. Não poderíamos deixar de homenagear e vir de público prestar com muita satisfação esta homenagem a um homem que eu termino essas pequenas palavras numa frase só: ao homem que soube cumprir os seus ideais em elevadas expressões de espírito. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pedimos escusas às autoridades presentes que vamos citar agora, pois não havíamos feito anteriormente em virtude de nossa assessoria não ter aprontado a relação com os nomes de todas as autoridades presentes, que são: Deputado Federal Jorge Uequed; Desembargador Décio Erpen, do Tribuna de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; Dr. Orlando de Assis Correa, pela OAB/RS; ex-Vereador Dr. Frederico Barbosa, representando o Deputado Germano Bonow; Jornalista Berenice Pacheco, representando o Deputado Carrion Júnior; Ver. Ribo Bühler, Presidente da Câmara Municipal de Montenegro; Dr. Luiz Carvalho, Presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional; Irmão Avelino Aresi, representando a PUC/RS; Sr. Moisés Tornaim, Vice-Presidente de Comunicação Social do Sport Club Internacional; Dr. Amaury Pinto Philippi, nosso ex-Presidente e ex-Vereador; Desembargador Marco Aurélio de Oliveira; Secretária do Trabalho, Drª Mercedes Rodrigues; nosso querido ex-Vereador e ex-Presidente desta Casa, Renato Souza; Secretária de Educação do Município, Drª Esther Grossi; atual Presidente da Sogipa, o Ledur; ex-Deputado Dr. Roberto Cardona; o Borguetinho e a grande equipe aqui de um dos meios de campo, a RBS e a Rádio Gaúcha têm tantos polivalentes, centromédio recuado, adiantado, ponteiro pela direita, pela esquerda, é um time melhor que a Seleção Brasileira; Armindo Antônio Ranzolin, grande capitão, Lauro Quadros, Carlos Appel, Nelcira Nascimento, Maria do Carmo, João Carlos Belmonte, Vera Armando, Cunha Junior e o grande medo nosso é que não tenhamos citado o nome de algum dos queridos amigos aqui presentes, mas se considerem todos aqui presentes autoridades nesse encontro.

Com a palavra, o Ver. Lauro Hagemann que falará pela Bancada do PCB.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Prezado Ver. Valdir Fraga, Presidente desta Casa; prezado ex-Vereador Hermes Dutra, autor da proposta de concessão do título ao nosso homenageado; colega Lasier Martins e Marta; prezados Vereadores; companheiros radialistas; autoridades; senhoras e senhores, talvez seja o único nesta Casa, nesta tarde, que não poderia faltar a esta homenagem. Em primeiro lugar por ser Vereador de Porto Alegre, Cidade que hoje se engalana festiva para receber mais um cidadão dentre os seus cidadãos; e a outra razão, a mais forte, é que, como Lasier Martins, nós, ambos, cultivamos o tipo de profissão que hoje é rara, mas que é cada vez mais importante para a sociedade que vivemos. E nos irmana o nosso amor comum pelo nosso instrumento de trabalho, aquele que iniciamos e o qual cultivamos com o mesmo carinho dos primeiros dias: o rádio.

Na hodierna sociologia política, o comunicador, mais precisamente o comunicador que usa o instrumento rádio, está alcançando um poder extraordinário. Às vezes se confunde e até ultrapassa o poder do comunicador ao poder do representante popular da sociedade. Sem um mandato expresso, sem a interveniência da Justiça Eleitoral, o comunicador, principalmente o radialista, assume um papel cada vez mais importante porque o rádio é importante para a sociedade brasileira, como o veículo mais abrangente da comunicação social. Mais de 90% da população brasileira ouve rádio. E a palavra oral é ainda o grande fator de interligação entre as pessoas.

Ainda, há alguns dias passados, o Lasier e eu participávamos de um pequeno debate, informal, numa sala de aula desta Cidade e falávamos, justamente, sobre a importância da palavra para os milhões de ouvintes que temos em todo o Brasil, palavra esta, instrumento este, nossa língua pátria, que está cada vez mais atropelada. E a língua é um fator de segurança nacional. É um fator de unidade nacional. Pois o Lasier tem esta rara combinação, de se comunicar numa linguagem correta, acessível, porque é um homem culto, um homem que se preparou para o mister que exerce. Mas neste instante também cabe uma reflexão muito séria, quando o comunicador assume um papel preponderante na sociedade, ele deve ter a humildade de ajudar a sociedade a se promover e não servir-se do seu veículo, do seu meio, da sua capacidade para se promover, essa capacidade o Lasier tem. O Lasier não é candidato a nada, ele promove a sociedade, ele ouve as pessoas, e o comunicador verdadeiro deve fazer exatamente isso. Não fazer dos seus entrevistados os convalescedores das suas próprias opiniões. Ele deve, como comunicador, refletir as opiniões de quem ele entrevista, e isso o Lasier tem conseguido fazer, espero que continue se esmerando porque a velocidade da vida moderna às vezes nos pode levar a confundir as coisas. É preciso sempre estar com a mão na trava para não nos deixarmos levar por emoções momentâneas. Porque o rádio, eu volto a repetir, tem um papel fundamental na informação e na formação da opinião pública, porque é o veículo mais abrangente, o de maior audiência, é ele o instrumento mais importante de comunicação que nós temos. E este veículo o Lasier sabe manejar muito bem. Começamos, há muito tempo, companheiros, e esperamos terminar os nossos dias neste veículo, que por ser o que é, nos leva, ambos, a amá-lo da forma como amamos. A cidadania de Porto Alegre hoje se engrandece, com seu mais ilustre membro: Cidadão Lasier da Costa Martins. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Dr. Hermes Dutra na condição de autor da proposição da presente homenagem.

 

O SR. HERMES DUTRA: Exmo Sr. Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Exmo Sr. Olívio Dutra, Prefeito Municipal; quero, na pessoa do Sr. Jornalista Ricardo Gentillini, Diretor de Rádio da RBS, saudar a todos os demais participantes da Mesa e saudar, também, o nosso ilustre homenageado Lasier Martins, sua esposa, sua filha, seu filho, e manifestar que, efetivamente, Deus deu-me algumas virtudes e alguns defeitos. Não tenho dificuldade de me manifestar em público, ao contrário, tenho até a pretensão de ter facilidade, mas, hoje, ao aqui chegar, conversando com o Dib, soube que faria parte da Mesa e que falaria, coisa que me surpreendeu e me deixou profundamente emocionado. Destas coisas, Valdir, a gente não esquece; ao contrário, talvez até ajude para que o coração da gente bata um pouquinho mais forte.

Eu escrevi uma carta ao Lasier, no dia em que foi votado este Projeto, dizendo que não estaria aqui, hoje, para discursar, mas que estaria lá, no meio dos seus amigos, anonimamente para aplaudir. Mas o Presidente da Casa, para honra minha, impediu-me, Lasier, que eu estivesse lá batendo palmas para ti e fez com que eu aqui viesse para falar.

Hoje, ao meio-dia, eu pensava que alguma coisa deveria dizer ao Lasier. Escrevi treze linhas para entregar ao representante da minha Bancada para que lesse como uma mensagem minha. E o meu discurso vai ser exatamente aquilo que o Dib ia fazer e que não fez, porque aqui fui colocado a falar. Vou ler as treze linhas, só antes faço um pequeno parêntese para dizer que, como tu, Lasier, eu também sou do interior. E nós, do interior, claro que não somos melhor do que ninguém de Porto Alegre, mas nós que saímos da cidade pequena: ele da bela Montenegro, que este ano deu tanta bergamota, tão doces, tão saborosas; eu da longínqua Cacequi. Nós, quando chegamos a Porto Alegre, nós quando andamos pela Rua da Praia, em meio àquele monte de gente, a cada assobio, a cada “psiu”, a cada “oi”, nós nos viramos, na tentativa de buscar aquilo que a gente tinha lá no interior e que a cidade grande, quando aqui se chega, nos rouba, que é conhecer os rostos, conhecer as pessoas e chamá-las pelo nome. Mas estas coisas, com o tempo, vão sendo substituídas por aquilo que esta maravilhosa Cidade nos dá. Eu sou testemunha, Lasier, de quanto é boa esta Cidade para aqueles que, como tu e tantos outros, talvez quase a metade desta população, aqui aportaram, na busca de melhorar a sua vida diante da falta de horizontes que, infelizmente, o nosso interior apresenta.

Mas eu vou ao meu discurso, para não roubar mais tempo. (Lê.)

“A homenagem ao Lasier surgiu, como todo o trabalho legislativo que desenvolvi, de uma reunião com minha equipe. A Otília Souza foi a autora da feliz sugestão. Porto Alegre reconhece, de direito, aquilo que já é de fato: Lasier é um cidadão desta Cidade e a ama como se aqui tivesse nascido. Está integrado com a vida de Porto Alegre, formando, ele e a Cidade, uma simbiose de verdadeiro bem querer. Hoje estamos apenas oficializando este amor.

Dizer que fiquei feliz por ser o autor do Projeto é repetir o óbvio. Acho, entretanto, que os méritos cabem mesmo aos Vereadores desta Legislatura, que com seu voto avalizaram esta intenção.

O Lasier, é claro, está feliz e comovido. Mas, mais feliz e agradecida está a cidade de Porto Alegre.” Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença, com muito prazer, do Dr. Bachieri, que representa, neste ato, o Governador do Estado. Convidamos o Vice-Presidente de Comunicação Social do Sport Club Internacional para fazer a homenagem, em nome do Clube, ao nosso homenageado. Dr. Moisés Tornaim.

 

O SR. MOISÉS TORNAIM: Sr. Presidente, o Sport Club Internacional, na pessoa do Sr. Presidente, Sr. Pedro Paulo Záchia, aqui se faz presente neste dia de festa da Câmara Municipal de Porto Alegre, para se solidarizar na homenagem a Lasier Martins. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Prefeito Olívio Dutra.

 

 O SR. OLÍVIO DUTRA: Ver. Valdir Fraga, Presidente do Legislativo Municipal da nossa Cidade; Jornalista Lasier Costa Martins, homenageado; sua esposa; seus filhos; Sr. Adolfo Schüller Neto, Prefeito da terra natal do Lasier, Montenegro; companheiro Alceu Collares, Secretário-Geral do PDT, a nível nacional, ex-Prefeito da nossa Capital; Sra. Ione Pacheco Sirotsky, Presidente da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; ex-Vereador Hermes Dutra, autor da proposição desta homenagem, quando na vereança, nesta Casa; companheiros e companheiras presentes nesta Sessão. Para nós é uma honra inaudita, como Prefeito desta Cidade, oriundo de lutas sindicais e populares, como também tem origem e sempre lhes deu força o Lasier Martins, estarmos hoje, em nome da Cidade, por decisão do Legislativo Municipal, lhe entregando o Diploma de Cidadão de Porto Alegre. Conheci o Lasier Martins como talvez a grande maioria do povo da nossa Cidade, do nosso Rio Grande, antes de conhecê-lo pessoalmente, pelo seu trabalho, e foi aí que sentimos a coerência do Lasier: a sua coragem, o seu denodo, a sua capacidade, a sua honestidade e a sua paixão pela sua profissão. Quiséramos que pudéssemos, todos os habitantes desta Cidade exercer a cidadania com tal plenitude como tem exercido o nosso homenageado desta noite. Exercê-la com tal paixão e com tal dedicação.

O companheiro trabalhador da comunicação Lasier da Costa Martins forjou-se num trabalho sempre coletivo com os seus companheiros da Guaíba, com os seus companheiros da Gaúcha. Sabemos que o companheiro Lasier Martins tem amigos entre companheiros de trabalho em todos os órgãos de comunicação da nossa Cidade, assim como tem amigos entre o povo do mais modesto ao mais bem informado desta Cidade, portanto é um porto-alegrense de coração e de consciência. Nada melhor, portanto, do que formalizarmos esta sua condição de porto-alegrense através de uma decisão da instituição das mais representativas da Cidade, que é a nossa Câmara de Vereadores.

Queremos dizer que o companheiro Lasier Martins lida com o sentimento, com emoções, com fatos, analisa isto tudo, lida também com esperanças e com sonhos, sonhos do cidadão de uma Capital como a nossa, de um dia esta Cidade ser efetivamente um espaço não apenas de alguns, mas de todos. O Lasier trabalha com esses sentimentos abrindo canais e espaços para que cada um dos que participam do seu programa e também dos que o ouvem e o assistem exercitem a sua cidadania. Portanto, ele socializa este poder que é ter nas mãos todo dia o instrumento poderoso do rádio. Por isso esse sentimento inaudito e quase inexpressível de alegria e de honra em nome da Administração Popular, em nome do povo de Porto Alegre, de passar a você, Lasier, e eu sei que estendido a teus familiares e a teus companheiros de trabalho, o diploma de Cidadão Porto-Alegrense. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicito a todos que fiquem de pé para acompanhar a solenidade. Convido os Vereadores Wilton Araújo e Hermes Dutra para, em nome da Presidência da Casa, fazer a entrega da medalha em nome de todos os companheiros Vereadores e dos presentes.

(O Ver. Wilton Araújo e o Sr. Hermes Dutra procedem à entrega da medalha.) (Palmas.)

(O Sr. Prefeito Municipal Olívio Dutra procede à entrega do Diploma.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: O nosso mais jovem porto-alegrense está com a palavra.

 

O SR. LASIER MARTINS: Meus amigos, eu queria, gostaria de ter, neste momento, a musicalidade dos grandes compositores e dos grandes cantores para cantar as virtudes desta Cidade que me homenageia, ou eu quisera ter um pouco de poesia para fazer versos sobre a minha Cidade, ou eu quisera ter o dom da prosa gostosa para enaltecer esta Cidade que me recebe de maneira tão agradável para mim. No entanto, não tenho esses dons. Então, agradeço tudo isso da maneira que sei, da maneira que trabalho: comunicando.

Ilustre Presidente da Câmara de Vereadores, Valdir Fraga; Eminente Prefeito Olívio; estimadíssima Dona Ione, minha Diretora; afetivo Prefeito Adolfo Schüller Neto, de Montenegro; meu prezado Diretor da Rádio Gaúcha, Ricardo Gentillini; Ilustre Dr. Alceu Collares, ex-Prefeito; meu generoso amigo Hermes Dutra; Ver. Wilton Araújo; meu querido filho, Lasier Junior, como a Marla, que preferiu acompanhar do Plenário; minha querida esposa Marta; eu concordo com o Dr. Dib: há tanta gente importante nesta solenidade que sinto um embaraço de citar ou não citar a todos, mas temo perder de vista algum, pela emoção de que estou tocado, mas poderia mencionar a todos os que aqui estão, representantes do Executivo Estadual, Municipal, Deputados Federais, Secretários de Estado, Desembargadores, Advogados, Empresários, Jornalistas, meus colegas, enfim, todos. Perdoem-me se não posso citar a todos, mas estou com todos no meu coração neste momento. É evidente que estou tomado de forte emoção porque os Senhores Vereadores acabam de me conferir o maior prêmio de minha vida. Ao primeiro momento eu não conseguia atinar se merecia este título tão grandioso de Cidadão de Porto Alegre, mas aos poucos, e agora principalmente, ouvindo a cada um dos ilustres Vereadores que me saudaram, que cito pela ordem: Ver. Wilton Araújo, Ver. Flávio Koutzii, Ver. João Dib, Ver. Airto Ferronato, Ver. Luiz Braz, Ver. Omar Ferri, Ver. Lauro Hagemann, Ver. Hermes Dutra, eu fui compreendendo por que estou recebendo este título tão grandioso e tão honroso, porque na verdade - e foi por isso que me deram este título - eu sempre fiz a idealização da comunicação. Eu sempre vi a comunicação como função social, eu sempre vi na comunicação, seja no jornal onde atuei durante alguns anos, no “Correio do Povo”, como no rádio, como na televisão, onde estou hoje, eu sempre vi uma necessidade de comportamento ético entre nós, que comunicamos, e os destinatários. Eu sempre entendi comunicação como um direito das pessoas; mais do que isso: eu sempre entendi comunicação como um direito humano das pessoas. Uma pessoa, ao ligar o rádio ou a televisão, tem o direito de receber a verdade, de não ser enganada, de ser tratada com lealdade, com honestidade. Assim eu sempre entendi comunicação e assim tenho procurado fazer.

Eu sempre gostei de Porto Alegre, por seu padrão de cidade média, por seu estilo misturado entre provincianismo e modernismo, pela cultura de seu povo, superior à grande maioria das cidades brasileiras, pelas tradições gaúchas aqui concentradas, pelo folclore, pelo avanço de tecnologia, enfim, por tudo. Me apaixonei por Porto Alegre há muitos anos e por isso sinto na tarde de hoje um amor correspondido porque namorei Porto Alegre desde que aqui cheguei aos dezessete anos recém feitos, vindo de Montenegro à procura de novas oportunidades. Queria ser advogado, queria fazer o curso clássico e na minha cidade de Montenegro não tinha; atualmente tem todos os cursos, Prefeito. Precisava, então, da cidade maior e cheguei aqui e fiz o curso clássico tão pretendido no Júlio de Castilhos e em seguida fiz a Faculdade que tanto desejava, a Faculdade de Direito na UFRGS, e me tornei advogado e já advogava um pouco antes de ter-me formado, mas sempre trabalhando porque venho de família humilde. Pretendia ser advogado usando para isso o rádio como meio, porque já cheguei em Porto Alegre praticamente trabalhando em rádio, vinha da Rádio Montenegro e em seguida entrei na Rádio Difusora. E aqui está um colega que acompanhou a minha trajetória toda, estamos juntos há trinta anos, Armindo Ranzolin, sempre estivemos juntos, conhece tudo, conhece a minha vida como ninguém. Só que pretendia fazer do rádio um meio para atingir um fim que era ser advogado, pois, com a evolução do tempo, foi acontecendo o inverso, uma inversão de propósitos, acabei tornando a advocacia um meio para que a minha comunicação fosse o fim e com o subsídio da minha vida universitária, do Direito, onde advoguei durante muito tempo, e a minha realidade de hoje, porque sempre fui um obcecado pela comunicação, porque a comunicação é um meio de servir e é assim que entendo comunicação. Se ouve muito seguidamente a expressão de que a imprensa é o quarto poder. Não entendo imprensa como poder, é um equívoco, é uma arrogância, comunicação é servir, comunicação é meio, comunicação é veículo, comunicação é intermediação entre o fato e o destinatário.

E acho que pelo desejo de servir fui ficando nas comunicações e, hoje, prossigo, sem jamais ter-me afastado. E foi assim que optei por Porto Alegre. Numa certa época fui convidado para um emprego muito agradável e muito compensador financeiramente, como advogado. Meus amigos mais próximos acompanharam o dilema que enfrentei na época. Fui, olhei e não gostei, porque implicava abandonar o meu Estado. Nunca quis sair de Porto Alegre, como não pretendo, jamais, sair de Porto Alegre, pelo amor que tenho a esta Cidade.

É por isto que hoje estou muito feliz com este casamento com a cidade de Porto Alegre, agora celebrado oficialmente, porque sou recebido como seu Cidadão. Humildemente, como sinônimo de responsabilidade, de quem vê as suas obrigações redobradas com esta Cidade, porque ao receber este título percebo que recebo o título porque divulgo as coisas da minha Cidade, porque reclamo, porque reivindico, porque cobro, e também porque pago. Modestamente, é assim que vivo e trabalho para esta Cidade.

Bem disse o Prefeito Olívio: com livre trânsito nas camadas mais humildes, nas camadas mais elitizadas. Não tenho inimigos em parte alguma, em segmento algum. Tenho conseguido me relacionar apesar das dificuldades, da conciliação entre a crítica e a conservação de um relacionamento cordial, mas tenho conseguido.

E acho que tem que ser assim, porque comunicação é meio de aperfeiçoamento humano, as pessoas precisam saber das coisas. E nós vivemos numa época de intensa curiosidade pelos acontecimentos. Hoje em dia quem não sabe o que aconteceu durante o dia já ficou para trás, já está em desvantagem com o seu próximo. E cabe a nós comunicar. E se nós precisamos comunicar, aqueles que confiam na nossa informação, aqueles que nos dão credibilidade, nós precisamos, como comunicadores, estarmos bem informados, sabendo de tudo. E isto nos toma um tempo completo. Então, esta profissão implica um sacrifício muito grande, sobretudo na família. Meu filhos me cobram muito. Quase não há tempo para nós, esporadicamente. Mas os momentos que convivemos, às vezes, são muito intensos. Foi por isso que há bem poucos dias dediquei-lhes uma viagem de um mês para vivermos intensamente, onde eu fui proibido de procurar ler jornal, embora furtivamente eu não tenha conseguido me desviar.

Eu acho que estou falando demais, mas teria muita coisa a dizer. No entanto, eu não poderia chegar ao final sem alguns agradecimentos. Eu agradeço, antes de mais nada, a compreensão das pessoas que me são caras, os meus familiares por me suportarem, sempre tão envolvido. Antes de mais nada, os meus filhos, o Lasier Junior e a Marla, por sinal com o mesmo defeito do pai, porque estão a caminho da mesma profissão, ambos estão cursando jornalismo, um na PUC e outro na UFRGS. A minha filha pequena, eu não sei ainda, porque é muito pequena. Mas já suspeito, pela curiosidade com que ela assiste televisão, que ela vai seguir o mesmo caminho.

Eu agradeço, também, a paciência da minha mulher, a Marta, sempre compreensiva, aceitando os meus envolvimentos. Eu agradeço a convivência destes colegas tão caros com os quais tenho atravessado anos e anos de profissão, hoje já estamos temperados pelo tempo e pela experiência e, graças a Deus, estamos aqui inteiros, Lauro Quadros, outro companheiro de quase trinta anos, desde a velha Difusora, depois Guaíba, hoje Gaúcha; o Armindo Ranzolin, como falei antes, já com sua filha no ramo; o Belmonte, do mesmo grupo; o Bagio, do Jornalismo; os colegas de hoje que ali estão: Flávio Dutra, o Cláudio Moreira, Rogério Buquiareli, a Otília, a Regina Pereira, da produção do programa que faço à tarde, a Nelcira, a Rita Campos Dauth, a Lúcia Padilha, tenho medo de esquecer, os meus companheiros da Rádio, Melchiades Stricher, o momento do bom humor, “Melchiades, o terrível”, fundador jovem ainda, jovem de espírito, e os colegas de televisão naquele ambiente saudável, onde tenho o prazer de conviver há pouco mais de dois anos, Maria do Carmo, a Vera Armando, Cunha Júnior, o Apel, enfim, o Paulo Sant’Ana, seria tanta gente. Eu gostaria de incursionar também pela advocacia onde estive, sempre realizando duas profissões, disse bem o meu querido Omar Ferri, Dr. Dib, quantas vezes fui advogar na Prefeitura tentando conciliação antes de medidas judiciais, tão bem recebidas. Hoje a minha advocacia está em recesso. Aquilo que me trouxe a Porto Alegre ficou para trás, a comunicação assumiu prioridade absoluta e de envolvimento intenso o dia inteiro.

Mas os homens da Advocacia e do Direito me honram muito aqui também, Desembargador Décio, Desembargador Marco Aurélio Oliveira, os políticos que estão aqui, Dr. Adauri Filippi, os políticos que têm uma importância extraordinária nesse momento em que estamos ingressando em transformações, nós todos que vivemos o longo período de arbítrio e que, hoje, temos liberdade para falar aqui, num Parlamento Municipal, com ampla disponibilidade de palavras, sem os riscos daquela lâmina decepadora da época do arbítrio. Foram vinte e um anos que atravessamos nas comunicações, sendo fiscalizados, cerceados sobre o que era possível dizer e o que não era possível dizer. O tempo da maioridade prevista pelo Código Civil, os vinte e um anos. Pois parece que não aprendemos, suficientemente, os prejuízos do período antidemocrático, porque ainda não conseguimos engrenar na verdadeira democracia. Mas me parece que ela está perto, seja lá com quem for, mas haveremos de aprimorar a nossa vida democrática aos poucos. Concluiu, há pouco, o Prefeito Olívio, dizendo que o jornalista lida com sentimentos, com esperanças e com sonhos. E é verdade. Mas o jornalista também sonha, Prefeito Olívio. O jornalista é parte desta sociedade. O jornalista sonha com uma sociedade próxima, de harmonia, de paz, de felicidade para todos, e não com as desigualdades sociais que nós vemos diariamente e temos que divulgar. Eu quero concluir, agradecendo a paciência e a homenagem que os senhores me trazem aqui, porque eu avalio muito bem o que significa os senhores e as senhoras deixarem os seus afazeres, os seus horários, os seus compromissos, e virem até aqui, prestigiar este comunicador. Isto é muito importante, mas é um gesto de cidadania. Todos nós somos cidadãos. Cidadão é aquele que dispõe de todos os seus direitos, desde que cumpra com os seus deveres. Quem cumpre os seus deveres deve exigir os seus direitos; senão, é escravo. Quem, por outro lado, não cumpre os deveres e quer direitos, é tirano. Nós somos cidadãos, todos nós que aqui estamos. Nós cumprimos com os nossos deveres e devemos, cada vez mais, exigir os nossos direitos, porque é assim que nós teremos uma verdadeira democracia e uma melhor sociedade. Muito obrigado pela honra e pelas emoções inesquecíveis que me deram nesta noite. Sou grato. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Só para encerrar, registramos a presença do Salim e do Fernando Vieira, dizer para o nosso Cidadão de Porto Alegre, não vai ele pensar que a cidade de Porto Alegre, o Rio Grande do Sul, não o assiste no Jornal do Almoço, não o ouve às quatorze horas, e também não se dá conta que, de repente, ele está no Paraguai, em Vacaria ou num estádio, do Internacional ou do Grêmio, porque quando ele esteve na Itália, ele não foi só passear, porque ele apresentou todo o trabalho que andou fazendo lá pela Itália. Agradecendo a presença de todos, foi uma honra recebê-los, voltem sempre.

Está encerrada a Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h52min.)

 

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